sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

ENSAIO FOTOGRÁFICO: ELA NO FUTEBOL...SEM MACHISMO!



Bom dia, meus amores|
O texto e as fotos abaixo são resultante do curso de fotografia que fiz no CEMAC, São Carlos, de setembro a novembro de 2018. Grupo maravilhoso. Curso incrível. Professoras extraordinárias. Ele, o texto, também é tema de um curta metragem de 10 minutos, do qual muito me orgulho. Obrigada Ana Carolina, Iasha, Paulinha, Ana Maria, Germano e Adriana.

MACHISMO NO FUTEBOL
Em 1941, o Conselho Nacional de Desportos proibiu jogos de futebol feminino em todo o país. A regulamentação veio somente após 4 décadas, em 1983, graças à luta das jogadoras e a relevância econômica internacional desse esporte. A proibição, no entanto, teve reflexos negativos até hoje, como o pouco incentivo ao futebol feminino e a falta de patrocinadores.
Jogos de Futebol... Ainda uma festa de homens para homens!

Ninguém duvida de que o futebol é o esporte mais popular do planeta, capaz de levar milhões de pessoas aos estádios, e de      movimentar quantias inacreditáveis.
Ninguém duvida, também, tratar-se de um esporte de total domínio masculino... E onde a mulher é vista como “penetra” indesejável. 
A cultura machista, que impera nas sociedades modernas, faz com que a presença feminina em jogos de futebol ainda provoque uma série de comentários humilhantes, de piadinhas de mau gosto, grosserias, abusos e até de assédio sexual. Nas arquibancadas o preconceito não tem limites. Os direitos não são iguais.

Mesmo assim, as mulheres já estão derrubando partes desse enraizado muro machista que as rodeia. Principalmente graças à coragem em denunciar todas as agressões e violências que sofrem.  Uma atitude que leva a importantes vitórias na luta pelo respeito que merecem em todas as atividades futebolísticas.

Aos poucos, a união dessas mulheres corajosas, que não admitem humilhação pública por suas escolhas, está acabando com os muitos espaços onde os homens podem fazer o que bem entendem, sem sofrer nenhum tipo de constrangimento ou punição, como estádios, bares e redondezas. Discursos como “mas era só uma brincadeira” não são mais aceitos. Afinal, o que envergonha nunca será só uma brincadeira.
Esporte de homem... Aqui mulher não entra... Se ela é bonitinha que vá posar para Playboy... Lugar de mulher é no fogão... E se ela estiver menstruando... Mulheres falando de tática? Isso é tão bonitinho... Frases como essas só comprovam a existência de comportamentos machistas imperdoáveis e que visam, basicamente, minar a auto-estima feminina, reduzir sua capacidade profissional.
Enfim, o repertório brasileiro de frases e atitudes humilhantes com as mulheres é vastíssimo. Num desrespeito sem limites às mulheres e suas opções.

Mesmo ainda longe de ocuparem espaços mais representativos nesse universo exclusivamente masculino, de não serem convidadas para a tal festa de homens, nem muito bem vindas quando aparecem, as mulheres sabem de seu direito, talento e competência. 
O futebol continua sendo um espetáculo impressionante, uma explosão de vida, de alegria... Porém, a participação da mulher ainda permanece atrelada a muitos preconceitos. Ao machismo.

O futebol feminino chegou a ser exibido em circos, como atração exótica, curiosa. Num desrespeito sem limites às mulheres e suas opções.
Um dos episódios de maior repercussão internacional ocorreu durante a Copa do Mundo, na Rússia, quando um grupo de brasileiros abordou uma moça e a faziam repetir palavras obscenas, que ela claramente não entendia. Pior: ainda gravaram o ocorrido e o colocaram na Internet. Como classificar esse comportamento?
Difícil entender que lugar de mulher é onde ela quiser?
Paula Antunes tem 25 anos. Pode-se dizer que desde o nascimento é uma apaixonada por todo tipo de esportes. Começou na natação, foi para o vôlei e, hoje, formada em Fisioterapia, continua presente nas competições universitárias. Mas, como profissão, optou pela fisioterapia esportiva. É dela o comentário: “Jamais pensei em viver do futebol. Sempre tive consciência de que, apesar da garra e do talento de muitas, o retorno que as mulheres recebem por sua dedicação é muito menor se comparado ao dos homens, e o preconceito muito maior”.

A presença das mulheres cresceu. Mas o machismo não diminuiu. Nem os abusos. Principalmente nos estádios.
E os jogos de futebol continuam sendo uma festa de homens...
Para homens.











quinta-feira, 26 de abril de 2018

PASSADINHA RÁPIDA PARA DIZER OI



É verdade. Estou passando rapidinho para dar um alô às pessoinhas que gostam de ler sobre momentos nossos de cada dia. No meu caso atual, de cada ano. Mas, pretendo realmente mudar... e passar a falar ao menos semanalmente. Explicações? Não tenho. E simples assim: apenas deixei de escrever. Nenhum drama. 

Entretanto, como gosto de fazer um draminha aqui, e outro ali, confesso que perdi muitos de meus sonhos nos caminhos que trilhei. E fiquei sem saber como recuperá-los. E também não me preocupei em criar novas possibilidades. Ao menos não de imediato.

Percebi, sim meus amigos, que a inércia não é boa companheira. E que as decepções de quem vive um dia a dia em sociedade, participativo, nos fazem menos mal do que simplesmente deixar prá lá desejos, aspirações, metas...ou seja lá o que for que se busca.

Como dizem, o "não" todos já temos. Buscar o "sim" é que se torna o grande desafio a ser vencido. 

Esperanças novas, sejam bem vindas!

                                                            Forte abraço