Juliana prefere os rosados, Fernanda os nudes |
Que saudade de usar batom!
Era sempre a última etapa do meu ritual para
sair de casa. Independente dos caminhos a seguir.
Eu ainda lembro muito bem: de manhã no mercado, ou à tarde no Shopping
Center, nada deixava minha aparência mais radiante do que colorir os lábios com
tons de rosa claro, ou com um nude brilhante. O que não dava era ir às
compras com o rosto pálido, de tédio, inexpressivo. Porque era assim que eu me
sentia sem o leve toque do batom.
Final de semana, então, no happy hour com as amigas, ou pegar um
cineminha com as sobrinhas, e depois jantar, ou badalar, ou namorar... Compromissos
perfeitos para fazer caras e bocas com tons mais avermelhados, que sempre nos fazem sentir poderosas, lindas, atraentes. E até mesmo com aquelas
cores mais escuras, de chocolate, maravilhosas e que adoro, a gente sente que pode
tudo.
Rosa clarinho: toque de glamour |
Batom, amigo querido de todas as horas, cadê você em meio a tantas máscaras
obrigatórias? Fica difícil a sobrevivência, não é?
Mas, neste momento de Covid
19, como esse danadinho de vírus também escolheu a boca para se infiltrar no
organismo, e nos infectar, não teve jeito: é preciso deixá-la camuflada. E
batom, honestamente, não combina em contextos prisionais. Não combina com máscaras, por mais originais que sejam. Ela só produz seus efeitos
fantásticos em liberdade.
Não à toa, dizem que o mundo está mais sombrio, sem bocas sorrindo pelas ruas, e que somente agora caminha
para um novo normal. Torço para que esse novo normal libere nossas bocas das máscaras, e o batom nosso de cada dia volte a nos iluminar.
Sejamos
honestos, quem mais tem o poder de transformação instantânea de visual, de humor, e de auto estima? Nem sempre, porém, a sociedade soube compreender suas propriedades positivas. Muitas vezes, principalmente
na antiguidade, colorir os lábios com batom era proibido a pessoas do bem. Na Grécia antiga, por exemplo, só as prostitutas
podiam usá-lo. Conceito que mudou durante o Império Romano, onde o batom era símbolo de status,
inclusive nos homens.
E como sempre nós, humanos, damos alguns passos à frente seguidos de
muitos outros para trás, em 1915, no Kansas (EUA)o batom também foi proibido para
mulheres com menos de 44 anos. Milhões de outros exemplos, para o bem e para o
mal, existem no decorrer da história.
O que fica? Que o batom, hoje e sempre, é item de maquiagem imprescindível ao bem estar da mulher. Porque ele nos
faz mais bonitas, atraentes, com ares de felicidade. Porque ele muda o humor, levanta
o look e a autoestima. Porque ele nos mostra felizes, mesmo chorando por dentro.
Então... Resta-nos aguardar a chegada da vacina contra o Covid 19, para
voltarmos a sorrir, de lábios coloridos como
a vida deve ser. Colorida também.
Cuidem-se, amigos
O Covid 19 não dá trégua.
Hoje, já são MAIS de 80 mil mortes
e MAIS de 2.100.000 de pessoas infectadas com o novo coronavírus.
Tragédia!