A vida nos
prega muitas peças...
Era 02 de setembro
de 1992 quando Paulinha nasceu.
Tão pequenina, tão fofa, tão lindinha, que uma alegria inexplicável
tomou de assalto minha casa e, principalmente, o coração de Dna Lourdes. Juro,
meus amigos, a garotinha recém-nascida parecia entender toda a felicidade que
espalhava ao redor, pois, desde sempre, se mostrou uma bebê dengosa e cheia de
charme. Irresistível! E quando a vozinha aparecia? Essa menina ficava ainda
mais meiga. Carinhosa. Vó Lourdes, então, se derretia por inteira. Ano após
ano, por exemplo, o dia 02 de setembro era de festa. Sempre tinha bolo, doces
de vários tipos, refrigerantes, enfeites por todos os cantos e... Presentes,
muitos presentes. Ai de mim se não providenciasse tudo. Mas devo ser honesta: o
amor incondicional de vó Lourdes era para com todas as netas: desde que elas
nasceram, seu mundo sempre se resumiu nessas meninas. Entretanto... acreditem:
minha mãe nunca deixou de “babar” um pouco mais pela Paulinha, que crescia cada
vez mais bonita, meiga, e inteligente. Já
morando em São Carlos, era sempre um dia especial quando essa garotinha dengosa
vinha até nossa casa. Tudo tinha que estar perfeito. O carinho para com a Vó
era imenso, nas atitudes, nas brincadeiras. E a Vó retribuía com mais e mais
amor, voltava a ser criança. Até que
começaram a surgir os AVCs, e ela foi se distanciado, se distanciando...
Malditos AVCs. Mas Paulinha nunca deixou de estar perto, de cuidar, de dar
carinho, de amar quem muito a amou. Até que chegou a hora de vó Lourdes ir para
o lugar que tanto acreditou existir, ao lado dos santos e dos anjos que
adorava. Ao lado de Deus. Nem deu para nos despedir. Malditos AVCs.
A vida nos prega muitas peças, pelas quais não
esperávamos...
Era 02 de setembro de 2012 quando Vó Lourdes morreu.
Beijo a todas
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