Impossível não colocar a Luna seja onde for |
Amigos, tenho um novo passatempo. Nos muitos passeios entre quarto, sala e cozinha - porque continuo em isolamento social - dei agora para "tentar" compreender o que se passa na mente de pessoas cuja missão é nos manter vivos e com saúde. Na mente desse grupinho privilegiado, cujos ternos de grife (a maioria) os deixam com aparência de seres elegantes, inteligentes, intelectuais, conhecedores profundos das necessidades dos seres humanos. Lamentável ser apenas aparência.
Atualmente, acompanho, com certo interesse, as "novelas" que se desenrolam, dia após dia, nos castelos onde esse grupinho vive, e percebo as intrigas, mentiras, traições, etc e tal, que os "atores" principais usam para se apoderar de novos e proveitosos cargos, ou poderes, e ainda não perderem os que já possuem. Todos querem sempre mais, e mais, como na maioria das séries da Netflix. Ainda não sei quantos episódios terá a temporada, tantos são os conflitos apresentados.
Verdade seja dita: esses enredos conflitantes me ocupam grande parte do dia. Analisando, unindo os pontos, tentando descobrir, afinal, quem manda e quem obedece. Com essa "atividade", quase esqueço as dores do novo coronavírus, e da morte sofrida e solitária que provoca. Aliás, eles também esquecem, e se dedicam com paixão às tramas.
É um tal de entra ministro, sai ministro, ele disse isso, ele disse aquilo, o amigo é traidor, o outro é mentiroso, tem o vídeo, não tem o vídeo, é militar para todos os lados, respiradores que chegam mas não funcionam, e muitas entrevistas, coletivas, pronunciamentos, para nos explicar o inexplicácel, enquanto negam e confirmam, dizem que a cloroquina salva, e a cloroquina mata, investigações, desmentidos, máscaras para todos, ou quase todos, fechamento do comércio, das indústrias. Lockdown.
Engraçado...não tem mocinho nessas "novelas"? Um bem bonitão, musculoso, de olhos azuis, inteligente, meigo, e cabelos iguais ao do Guga Chacra? Que pena... daria mais emoção às estórias (sem h) palacianas e até, quem sabe, descolaria um final feliz em meio a tantos enredos tragicômicos. Quem sabe, um dia... se sobrevivermos ao Covid 19.
O que não se pode mais alegar, nesta quarentena, é que o tédio nos deixa prá baixo, em depressão. Façam como eu, meus amigos, e acompanhem as peripécias, as aventuras, os mandos e desmandos dos nossos queridos salafrários trapalhões.
Quem sabe, hora destas, a gente acorda.
Cuidem-se