Talvez seja verdadeiro aquele ditado
popular antiguíssimo “quem tudo quer nada tem”. Prá vocês terem uma idéia da
situação, sempre esperei “tropeçar” num príncipe de contos de fadas. Romântico, lindo, charmoso, gentil, meigo, companheiro, bem humorado. E que seríamos imediatamente flechados
pelo tal de “amor a primeira vista”. Mas, os que me conhecem já sabem: a espera
foi em vão. Continuo sozinha, e ainda envolta na esperança do mágico encontro.
Também, confesso, sempre quis ter um milhão de amigos. Mas, confesso também, sempre os contei apenas numa das mãos. E assim caminha a humanidade. E eu com ela.
Quando o isolamento por Covid
19 começou, no distante mês de março de 2020, pensei: com certeza, eu, você, o
mundo... Tudo vai se transformar para melhor, pois o sofrimento quase sempre nos leva a outro
patamar. Ou deveria. E o ser humano vai ressurgir iluminado e com profunda
aversão ao preconceito, à violência, à corrupção e ao egocentrismo. Só para
início de conversa.
Mas, passados seis meses, o que
vejo neste Brasil amado: mais de 140.000 mortes causadas pelo novo coronavírus, e quase
5.000.000 de infectados, milhares de pessoas sem noção desrespeitando as regras
de sobrevivência, falta de empatia para com o próximo, preconceitos idiotas, Pantanal
e a Amazônia em chamas, milhões de desempregados, violência contra negros e mulheres, impunidade, corrupção nos impedindo de viver dignamente, aumento da
desigualdade social, e um festival de agressões gratuitas nas redes sociais.
Então, como o ser humano e o contexto econômico, político e social não se transforma mesmo, resta aos “seres do bem” continuar fazendo a sua parte, deixar seu quadrado harmonioso, e sem preocupações com o amanhã.
Quem sabe, um dia, a gente acorde e, como num passe de mágica, os sonhos de cada um se tornam realidade e eu, finalmente, encontre meu príncipe encantado, faça um milhão de amigos, e tenha centenas de curtidas.
Bjs e cuidem-se, ok?