Por Lia Estevão
Sérgio Wagner Mak Neto Claudinho
Desde 1981 quando a banda TWNYP, formada nos anos 70 pelo pai e maestro Paris Muccillo, passou a chamar-se Doce Veneno, os dias de Wagner Augusto Muccillo (diretor musical e maestro da Doce Veneno) são totalmente dedicados à música. Resultado: hoje é reconhecido como um dos melhores e mais atualizado músico da região. Mas ele não impressiona apenas por ser excelente profissional. A simplicidade, a gentileza, e certa timidez, dão um charme todo especial a este paulista de Ribeirão Bonito que escolheu São Carlos para morar, e que diz levar uma vida comum. O que não é lá bem uma verdade...
Desde 1981 quando a banda TWNYP, formada nos anos 70 pelo pai e maestro Paris Muccillo, passou a chamar-se Doce Veneno, os dias de Wagner Augusto Muccillo (diretor musical e maestro da Doce Veneno) são totalmente dedicados à música. Resultado: hoje é reconhecido como um dos melhores e mais atualizado músico da região. Mas ele não impressiona apenas por ser excelente profissional. A simplicidade, a gentileza, e certa timidez, dão um charme todo especial a este paulista de Ribeirão Bonito que escolheu São Carlos para morar, e que diz levar uma vida comum. O que não é lá bem uma verdade...
Wagner tem por hábito dormir pelas oito da manhã, e acordar sempre depois das duas da tarde, para aquele café reforçado. Aliás, café é seu maior vício. O que torna fácil conquistar sua amizade e atenção: basta oferecer a ele vários cafezinhos, caseiros e saborosos, que a conversa flui. E como é rara a noite em que o cansaço vence e ele adormece antes do amanhecer, talvez o café também ajude a explicar tanta energia e disposição. Afinal, mesmo nos dias de shows que terminam alta madrugada, ele prefere ir para o estúdio que montou em casa, o seu "quartinho", e dedicar-se a compor, atualizar arranjos e escolher novas músicas para a banda, a dormir algumas horas a mais. Escrever poemas noite adentro e se deixar envolver pela música pode, sim, traduzir uma personalidade romântica e até solitária. "Ele, um romântico?", questionam os amigos. "Pode ser... mas solitário? Jamais!". A verdade é que ele adora receber amigos, que não são poucos, falar pelos cotovelos, e gesticular muitíssimo. É quando o olhar, de um verde muito claro, reflete toda sua paixão pela vida, pela música, e pelas pessoas.
Multi-instrumentista, de formação erudita, Wagner toca desde os quatro anos por influência do pai, catedrático da Orquestra do Conservatório Caserno de Mont Serrat, Milão. Ele conta que a intenção do pai nunca foi transformar os filhos em músicos profissionais. "Ele nos preparou para vencermos como pessoas comuns", diz com um largo sorriso. Tanto foi assim que nem ele, nem o irmão Neto Muccillo, saxofonista dos melhores, se consideram artistas. Ao contrário. "Levamos uma vida tranquila, bem família mesmo".
Seu trabalho mais recente, a direção musical do espetáculo "Viva Dalva", rendeu além de generosos aplausos, muitos elogios. "O wagner é excelente músico, um profissional talentoso e dedicado", comenta Fátima Camargo, do Projeto Contribuinte da Cultura, que idealizou o evento. "É uma honra trabalhar ao seu lado", ressalta Vilma Fagiolli, cantora paulistana que interpretou Dalva de Oliveira.
Quando o assunto é a banda Doce Veneno, Wagner esquece uma assumida timidez e fala da excepcional musicabilidade do grupo. "Somos todos excelente músicos", comenta, sério. "Por isso, nossa carreira é longa e vitoriosa, e nosso público fiel". Hoje, enquanto a maioria das bandas prioriza o visual e o "show" nas apresentações, a Doce Veneno prefere destacar-se pela qualidade musical. "Queremos passar emoção ao tocar, e sempre estabelecer uma aproximação mais afetiva com o público", resume. No palco, o clima é de cumplicidade e harmonia. Na platéia, de muita alegria e descontração. Na verdade, o que eles querem (Neto, Sérgio, Claudinho e Mak) é fazer a platéia feliz, ao som da Doce Veneno.
Já deu para perceber que Wagner é movido a paixões, e que a maior delas é a música. Nos shows, ele é só energia. Nesses momentos, esquece o mundo fora do palco, as dificuldades do cotidiano, o stress. E as fãs? "Ah... eu não tenho", fala bastante sério. "Nós deixamos todas para o Neto, que é o galã do grupo", completa, passando os dedos entre os cabelos cacheados.
Mas será que alguém resiste ao seu sorriso aberto, espontâneo? Ou ao charme de bom moço e jeito tímido de ser? Duvido. Porque sempre é fácil encontrar, junto ao palco, mulheres de todas as idades ansiosas por um olhar e... principalmente por receber um sorriso seu. Encantador!
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