Mas se vocês, meus amigos, pensam que a causa são os quase três meses de confinamento, imposto pelo COVID 19, enganam-se redondamente. Aliás, tirando os quilos extras, e uma certa melancolia, posso garantir que meu estado atual é até bem aceitavel. E digo mais, não fosse o excesso de situações desastrosas que assola o Brasil, e a falta de solidariedade, e de empatia, que dita comportamentos pouco generosos no ser humano em momentos de crise, a vida (minha, sua, de todos) com certeza estaria muito mais na fase "paz, amor e propsperidade".
Mas, estamos longe de tais conquistas. Verdade é que os séculos passam e o homem, sempre presente, carrega consigo o que de pior se manifesta nas diferentes sociedades, nos diferentes tempos. Carrega também os avanços, claro, em ciência e tecnologia. "E daí?", diria o atual presidente Bolsonaro. Hoje somos mais felizes por termos uma vida conectada e com mais medicamentos? Abolimos a violência, a vaidade, o orgulho, o egoísmo, o desejo por mais e mais poder? Abolimos os preconceitos, o racismo, a maldade? Deixamos de ser cruéis?
De um lado, o novo coronavírus é o desastre do momento. Atazana nossa vida desde fevereiro, impede a todos de realizar sonhos, e nos impõe o chamado isolamento social, se quisermos viver. No mundo, estamos perto dos 7 milhões de infectados, com mais de 400 mil mortes. No Brasil, caminhamos para 700 mil positivos e quase 37 mil mortes. O COVID 19 aumenta de forma descontrolada em nosso país. Assustador!
De outro, políticos brasileiros protagonizam uma tenebrosa novela, cujas tramas nos enchem de pavor, assombram as visões do futuro, e nos tira a esperança de que, ao terminar, um novo mundo irá surgir. Mais igualitário. Mais solidário. Mais ético.
No centro, um presidente que prioriza atitudes e comportamentos voltados para si mesmo, e que se mostra totalmente insensível às preocupações dos outros. Seria essa a verdadeira "cara" dos brasileiros?
Li que a personalidade egocêntrica é um conjunto de características e comportamentos que costumam estar ligados à arrogância, à ambição, ao exibicionismo.
Como em toda boa novela trágicômica, a trama atual destaca o número elevado de coadjuvantes, todos importantes demais para serem anulados (tipo 210 milhões). Faço parte dessa turma. Ora engraçadinha, ora mostrando insatisfação crescente. Tão perdida no enredo presente quanto os demais participantes. Para onde vamos? Como vamos? Com quem vamos? Sobreviveremos?
Estou cansada.
Ah! Cuidem-se amigos. Ou não. Usem máscaras. Ou não. Permaneçam em quarentena. Ou não. Todos teremos o COVID 19. Ou não. O novo coronavírus mata mais os idosos. Ou não. O desemprego aumenta, Ou não. É pandemia? ou não. Estamos em crise na saude, na economia e na política? Ou não. Já são quase 40 mil mortes no Brasil? Ou não. Bjs
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