Eu adoro montar presépios. Claro que as árvores de Natal têm seus encantos mas...um presépio é mágico e nos conta histórias incríveis de épocas distantes.
sábado, 18 de dezembro de 2021
Montar Presépios e Árvores de Natal
domingo, 10 de outubro de 2021
Vamos ser melhores como seres humanos?
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
Sueli Lovato (artesã): A paixão por juntar pedacinhos - por Lia Estevão
A paixão por juntar pedacinhos de vários materiais para, depois, usar de sua criatividade para compor um objeto de decoraçao harmonioso, coerente, e lindo de se apreciar. transformou a vida da paulista Sueli Lovato. Fácil assim: poucos meses após concluir que amava colecionar "essas tranqueirinhas" inúteis e transformá-las em arte, ela simplesmente abandonou a profissão de advogada para tornar-se uma expert em trabalhos manuais. Uma artesã, "com muito orgulho".
O artesanato entrou fácil, e rápido, na vida de Sueli. Um dia, quando percebeu, já dedicava todo seu tempo para dar conta das encomendas. Primeiro da família. Depois dos amigos, da vizinhança, do mundo. E adorou sua nova profissão.
“O início não foi tão fácil assim”, confessa sorrindo. “Comecei com um hobby, pintando em tela. Mas como sempre fui perfeccionista em tudo na vida, e para não errar, passei a observar a natureza com outros olhos, querendo captar o perto, o longe, o fundo, e tudo o que a tela exigia para compor paisagens reais”.
E ela aprendeu. Passou a desenhar os elementos com
perfeição e a criar telas perfeitas, de proporções exatas. Incansável na busca por novos conhecimentos e por técnicas
diferenciadas, Sueli decidiu estudar mais profundamente sobre desenhos e proporções. "Não é fácil provocar um sentimento estético de
equilíbrio nas obras", comenta.
Acontece que, pouco tempo depois, Sueli conheceu o Mosaico, uma arte milenar que remete à época Greco-romana. E se apaixonou. “Foi amor à primeira vista”, diz. Percebeu, então, que sua paixão em catar os tais pedacinhos de todos os materiais encontrados, apontou outro caminho para suas criações. E mais uma vez, a artesã mergulhou de cabeça na nova possibilidade. Voltou a estudar, estudar, estudar. "Quero peças diferentes, perfeitas", é seu lema profissional. O amor aos Mosaicos, que vem desde 2006, “será eterno, um casamento perfeito”, fala bastante animada, e para isso "jamais descuido das constantes atualizações". Resultados? Objetos maravilhosos, unindo qualidade a beleza.
Atualmente, com 55 anos e morando em Sorocaba, a artesã Sueli Lovato desenvolve mosaicos incríveis, utilizando os mais diversos materiais, como pastilhas, azulejos, pisos madeiras, ovos, PVC expandido, produtos Eco Art. Além dos mosaicos, ela faz pinturas, restaura, esculpe madeira, e tudo o que a gente pedir. “O artesanato é como luz que me dá vida”, costuma repetir. "E as energias eu renovo pedalando por ai, apreciando a natureza. É tudo o que preciso", conclui.
domingo, 25 de abril de 2021
quinta-feira, 8 de abril de 2021
Brasil doente e com fome
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
Jogger: uma calça confortável, e charmosa, para curtir no isolamento
Ou vocês pensam que nestes quase onze meses de isolamento eu realmente me preocupei com as tendências da moda? Afinal, para que saber dos lançamentos? Para cozinhar? Limpar a casa? Brincar com o cachorro? Ou, quem sabe, para maratonar aquela série adocicada da Netflix?
Não, meus amigos. O que eu mais sonhei foi encontrar peças de roupas super confortáveis e aconchegantes, bonitinhas também, para me instalar no sofá e curtir boa leitura, música suave e um cineminha, sempre nos finais de tarde, ao lado de bolo e cappuccino. E se houver jogo de futebol interessante, muita pipoca e cerveja gelada.
Foi então que redescobri a calça Jogger, a quem não dava importância nehuma. Aliás, nem tinha uma no guarda-roupa. Feita a descoberta, e depois de muito bem pensar, e aprovar, corri para a Internet e já pedi logo três peças, em três cores diferentes, com e sem bolsos, para me aconchegar "ao lar". Maior felicidade quando elas chegaram. Amados, experimentei todas, brinquei, dancei com todas, e fiz uns poucos exercícios. Não me lembro mas........acho que até adormeci com uma delas, a amarelinha. Bem gostosa!
Se alguma de vocês estiver perguntando o que é uma Jogger, vou responder: esse modelo de calça, com punho nas barras, saiu direto do mundo dos esportes para o universo street, onde ganhou vários novos detalhes e tons diferenciados. O modelo é quase sempre o mesmo: mais larguinha na parte de cima, com um elástico na cintura e mais apertada no tornozelo. Geralmente, ela é usada com sapatilhas, rasteirinhas, e até sandálias de salto alto. Os mais jovens adoram. Eu também.
Até fiquei sabendo que as apostas da vez flertam com tecidos nobres, além do básico moletom. Por exemplo, em um jantar ou balada mais sofisticada, o modelo de sarja, ou cetim, oferece atitude e ousadia em looks jovens e despretensiosos. Uma peça preta sempre confere requinte, principalmente se combinada a blusas ou camisas descoladas. Mas vamos deixar estas opções para depois do Covid 19, concordam?
Por enquanto, vamos investir sem medo nas mais básicas, em tecidos leves, poucos detalhes, e tons neutros. Eu gosto com bolsos. E vocês? Acreditem quando digo: qualquer pessoa pode usar a Jogger, desde que goste e se encaixe em seu estilo. Inclusive quem tem quadril largo. Para essas mulheres, aconselho modelos de cintura alta e um corte mais reto.
Lembro que, num passado remoto, quando escrevia sobre moda e comportamento no TodaModa do Shopping News, e em várias revistas da capital, costumava brincar que esse modelo parecia uma releitura, com design casual, de uma calça de pijama. E que jamais usaria. Pois é. Quem me dera, agora, poder sair por aí com uma Jogger fofíssima e confortável. Tomar um café com os amigos. Jantar fora com a família. Visitar as amigas em São Paulo. Ir ao teatro, ao cinema, ao show...
Só que, por enquanto, é esperar que a vacinação em massa realmente aconteça em nosso país e nos liberte para viver com liberdade, quase como antigamente. Enquanto isso, vamos ao menos viver confortavelmente com nossa calça Jogger e, quando muito, dar aquela saidinha básica apenas se for necessário, como ir ao supermercado, à farmacia, à padaria...O resto fazemos depois.
Vacina já!
Lia Estevão
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
Amor a primeira leitura: Rubem Alves e seu convite a prosear
E qual não foi a surpresa ao me deparar com um escritor notável, apaixonante, de textos filosóficos com uma leveza extraordinária, textos que desvendam a alma humana com a sabedoria de quem tudo viveu intensamente, e sempre com amor e sabedoria. Suas crônicas, envolventes, nos fazem pensar, refletir, e entender a importância da fantástica aventura que é viver o aqui e agora. Elas nascem no coração. Rubem, com seu jeito original e simples de contar histórias sobre a realidade da vida da gente, nos faz ver coisas que não vemos, mas que sempre estiveram conosco.
Como foi amor o que senti logo nas primeiras frases, eis-me aqui comentando e sugerindo a vocês a leitura de seus livros, que abordam assuntos variadíssimos. As três primeiras crônicas do livro "Se eu pudesse viver minha vida novamente", lidas por nós com muito entusiasmo, são definitivamente encantadoras. Sua linguagem, marcada pela inteligência e a sensibilidade, nos revela que todos os momentos da existência valem a pena e que podem sempre ficar poetizados, mais bonitos, mesmo aqueles de profunda tristeza e dor. Rubem Alves emociona a cada reflexão, e nos faz repensar a vida sem stress e com o coração. Psicanalista, também escrevia sobre comportamento e psicologia nos grandes jornais do país. Dizia "A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente".
"Toda alma é uma música que se toca. Quis muito ser pianista. Fracassei. Não tinha talento. Mas descobri que posso fazer música com palavras. Assim, toco a minha música... Outras pessoas, ouvindo a minha música, podem sentir sua carne reverberando como um instrumento musical. Quando isso acontece, sei que não estou só. Se alguém, lendo o que escrevo, sente um movimento na alma, é porque somos iguais. A poesia revela a comunhão"
Rubem Alves (1933 - 2014)
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
O "Burro", teimoso e ignorante, em tempos de Covid
"Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade" (Robert Musil)
Triste ilusão. Parte considerável da população ainda nem acredita na gravidade da situação. E continuam na rotina de sempre: de balada em balada, de bar em bar, de aglomeração em aglomeração, de negacionismo em negacionismo. Raramente usando as máscaras que, além das vacinas, são a melhor das possibilidades para evitar a contaminação com a praga do coronavírus. Esses grupos ainda propagam suas idéias, e festanças, pelas redes sociais. Com o orgulho dos ignorantes.
Hoje, o que temos são hospitais lotados, pouquíssimas vagas em UTIs e, pasmem vocês, pessoas morrendo por falta de oxigênio (AR) em diferentes regiões do país. Uma calamidade!
Verdade é que não quero mais falar sobre o assunto. Ao menos por enquanto. Agora é ser otimista e torcer para a vacinação não sofrer percalços. Ela começou em São Paulo, timidamente, em 17 de janeiro, dia em que a Anvisa aprovou o uso emergencial da Coravac chinesa.
Quero só refletir, um pouco, sobre a palavra "Burro". E não me perguntem o porquê, ok?
Vocês sabiam que na Grécia antiga o "Burro" (animal) tinha a terrível fama de não ser nada obediente, comportado. Diziam que o bichinho tinha personalidade difícil e que, talvez por isso, se mostrava incapaz de aprender seja lá o que fosse. Fato que causava forte irritação entre os donos.
As más linguás daquela época contavam também que, por volta do ano 600 A.C. , já corriam boatos que o "Burro" era de fato teimoso, bobão, e ignorante, difícil de ser domado. Formado a partir do cruzamento entre um jumento e uma égua, não poderia mesmo ser diferente. Ele, o "Burro", existe em quase todo o planeta e, geralmente, é usado como animal de carga. Confesso que tinha imensa simpatia por esse animalzinho, desde que limpo, perfumado e sem maiores horizontes. Afinal, continua inculto e pouco sagaz.
Acontece que de uns dois anos para cá, passei a enxergá-lo com outros olhos. O "Burro" é, de fato, um serzinho irritante, estúpido, e sem nenhuma inteligência. Sempre alheio ao novo, parece não entender a nova realidade que envolve o planeta. Comporta-se, digamos assim, como se ainda vivêssemos em eras remotas, quando imperavam as trevas e o desconhecimento. Ah!!! Tornou-se mais agressivo, Coitado!
E apesar da imensa consideração que ainda tenho pelo "Burrinho", não posso desconsiderar o quanto ele é nocivo à sociedade. Pensar em algo novo é impossível para sua cabecinha tola, que se acomodou em crenças absurdas, na zona de conforto. Simplesmente não escuta ninguém. E, como no passado, orgulha-se de sua teimosia, e de sua arrogância. E qualquer inovação, mesmo que ela salve a humanidade, é sempre vista como perigosa ao seu estilo de vida. Triste futuro o seu.