sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O "Burro", teimoso e ignorante, em tempos de Covid

"Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade" (Robert Musil)


Meus amigos, o ano de 2021 chegou com o legado da Covid 19 na bagagem. Legado pesado esse, que já conta com 215.000 mortes e 8.7000.000  de brasileiros contaminados, além de danosos  efeitos colaterais na política, na economia, nas relações sociais, e em nós como indivíduos. Aliás, muitos consideravam que, ao término da pandemia, seríamos seres humanos diferentes, melhores: mais solidários, generosos, menos egoístas, individualistas. 

Triste ilusão. Parte considerável da população ainda nem acredita na gravidade da situação. E continuam na rotina de sempre: de balada em balada, de bar em bar, de aglomeração em aglomeração, de negacionismo em negacionismo. Raramente usando as máscaras que, além das vacinas, são a melhor das possibilidades para evitar a contaminação com a praga do coronavírus.  Esses grupos ainda propagam suas idéias, e festanças, pelas redes sociais. Com o orgulho dos ignorantes.

Hoje, o que temos são hospitais lotados, pouquíssimas vagas em UTIs e, pasmem vocês, pessoas morrendo por falta de oxigênio (AR) em diferentes regiões do país. Uma calamidade! 

Verdade é que não quero mais falar sobre o assunto. Ao menos por enquanto. Agora é ser otimista e torcer para a vacinação não sofrer percalços. Ela começou em  São Paulo, timidamente, em 17 de janeiro, dia em que a Anvisa aprovou o uso emergencial da Coravac chinesa.


Quero só refletir, um pouco, sobre a palavra "Burro". E não me perguntem o porquê, ok?

Vocês sabiam que na Grécia antiga o "Burro" (animal) tinha a terrível fama de não ser nada obediente, comportado. Diziam que o bichinho tinha personalidade difícil e que, talvez por isso, se mostrava incapaz de aprender seja lá o que fosse. Fato que causava forte irritação entre os donos.

As más linguás daquela época contavam também que, por volta do ano 600 A.C. , já corriam boatos que o "Burro" era de fato teimoso, bobão, e ignorante, difícil de ser domado. Formado a partir do cruzamento entre um jumento e uma égua, não poderia mesmo ser diferente. Ele, o "Burro", existe em quase todo o planeta e, geralmente, é usado como animal de carga. Confesso que tinha imensa simpatia por esse animalzinho, desde que limpo, perfumado e sem maiores horizontes. Afinal, continua inculto e pouco sagaz.

Acontece que de uns dois anos para cá, passei a enxergá-lo com outros olhos. O "Burro" é, de fato, um serzinho irritante, estúpido, e sem nenhuma inteligência. Sempre alheio ao novo, parece não entender  a nova realidade que envolve o planeta. Comporta-se, digamos assim, como se ainda vivêssemos em eras remotas, quando imperavam as trevas e o desconhecimento. Ah!!! Tornou-se mais agressivo, Coitado!

E apesar da imensa consideração que ainda tenho pelo "Burrinho", não posso desconsiderar o quanto ele é nocivo à sociedade. Pensar em algo novo é impossível para sua cabecinha tola, que se acomodou em crenças absurdas, na zona de conforto. Simplesmente não escuta ninguém. E, como no passado, orgulha-se de sua teimosia, e de sua arrogância. E qualquer inovação, mesmo que ela salve a humanidade, é sempre vista como perigosa ao seu estilo de vida. Triste futuro o seu.







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