quarta-feira, 3 de julho de 2024

Ainda querendo me encantar por você...ou por um trabalho...ou por um caminho

Amigos,  

Como disse outro dia, eu amo me encantar com trabalhos, coisas e, principalmente, com pessoas.  Infelizmente, não é o que anda acontecendo comigo e nem com muita gente que conheço. O ar anda  carregado de sentimentos negativos... O desencanto impera! 

Vivemos em uma era de profundas transformações tecnológicas, sociais e culturais, onde o progresso parece ser uma constante. No entanto, esse avanço não vem sem um custo emocional. Muitas pessoas sentem um desencanto crescente com o mundo ao seu redor, resultado de diversas pressões e de muitas  desilusões.

A globalização e a hiperconectividade, enquanto nos aproximam virtualmente, muitas vezes nos afastam emocionalmente. A ilusão de felicidade perpetuada nas redes sociais pode gerar sentimentos de inadequação e solidão. A constante exposição a notícias negativas, crises econômicas, ambientais e sociais aumenta a sensação de incerteza e impotência.

Além disso, o ritmo acelerado da vida moderna contribui para o esgotamento mental. A busca incessante por sucesso e reconhecimento muitas vezes deixa pouco espaço para momentos de introspecção e descanso. Essa corrida sem fim pode gerar um vazio existencial, onde a felicidade parece sempre fora de alcance.

Nesse cenário, o desencanto não é apenas um sentimento isolado, mas um reflexo de uma sociedade que precisa reavaliar seus valores e prioridades. É um chamado para que busquemos formas mais autênticas e significativas de nos conectarmos com nós mesmos e com os outros, cultivando a empatia, a gratidão e a resiliência.

Quando nos permitimos mergulhar na admiração por trabalhos, coisas e, especialmente, pessoas, abrimos as portas para uma vida mais rica e vibrante. Esse estado de encantamento libera nosso potencial criativo e nos conecta a uma fonte de energia que transcende nossas limitações cotidianas. Sentimos uma liberdade de espírito que nos impulsiona a realizar sonhos e a explorar novas possibilidades. Somos felizes, capazes de tudo, quando ainda conseguimos nos encantar pelo que nos rodeia.

Todavia, parece que o desencanto só espera o momento ideal para nos envolver em seu vazio existencial.


Lia Estvão

Jornalista - Publicitária

Produtora de Fotolivros


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