Se você está apaixonada por alguém ou, melhor ainda, por você mesma, parabéns, você já entrou no clima de romance que sempre ronda o mês de junho. Confesso: nunca fui muito fã dessas datas comemorativas tipo Dia das Mães, dos Pais ou dos Corações Palpitantes. Sempre achei que carinho de verdade se prova no café passado sem pedir, na mensagem no meio do dia ou naquele olhar cúmplice que nem precisa legenda. Mas olha… dou meu braço a torcer pra quem aproveita o 12 de junho pra mimar o mozão (ainda que ele possa ser trocado por um modelo mais atual na temporada que vem — a vida é um provador, não é mesmo?).
Mas chega de
filosofia amorosa.
O que me trouxe até
aqui foi o irresistível clima saudosista que me fez lembrar como a gente se vestia pra amar — ou pelo
menos, pra causar — em junho de 2003. Sim, amiga. Vinte e dois invernos atrás.
Lá em 2003, a calça
Aladim era o auge da ousadia fashion. De cetim, seda ou de qualquer outro
tecido molenga, mas que brilhasse como promessa de festa. Amarradas no
tornozelo com lacinhos ou fivelinhas, faziam um look arrasador com saltos altíssimos
nos escarpins ou nas sandálias, que mais pareciam trampolins de autoestima. Eu
mesma fui vista muitas vezes desfilando esses looks nos locais de trabalho, me
achando a própria editora de moda da Vogue.
Outra queridinha da época era a calça de couro marrom chocolate, acabamento lixado, colada ao corpo — quase uma segunda pele com cheiro de rebeldia chique. E o que dizer dos óculos tartaruga? Antes, coisa de vovó míope. Em 2003, viraram símbolo de atitude fashion, cujas sofisticadas armações em acetato sobreviveram a muitas gavetas e, ainda hoje, desfilam por aí cheias de história. Indispensáveis: decotes profundos, acessórios reluzentes e, claro, autoestima nas alturas.
Hoje, com o
outono-inverno nos abraçando forte, o lema é: conforto com charme. E nada de seguir tendência com cara de
sacrifício. A moda virou parceira do clima — e da sanidade.
A ordem é vestir-se
em camadas, como uma cebola elegante. Casacos de lã longos, suéteres de tricô
larguinhos, golas altas que abraçam o pescoço como ex-namorado arrependido e
botas de cano curto que casam com tudo: vestidos, calças, saias e, se der
vontade, até com pijama por baixo (quem vai saber?). Os queridinhos da vez são
o vermelho-cereja e a estampa de onça — aquele felino eterno que nunca sai da
nossa selva particular.
Tem também o ar
vitoriano, que eu amo, soprando nos looks com rendas, texturas felpudas e
franjas que dançam a cada passo. A paleta de estilos vai do minimalista zen ao
maximalista “me nota”, passando pelo boho-chique, que é sexy sem esforço.
Aquela sensualidade que não grita, mas sussurra — e isso, minha amiga, tem um
charme que nenhuma etiqueta de marca imprime.
Acho que me alonguei...e não escrevi nem metade do planejado. Beijos a todos
Lia Estevão - jornalista
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