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Público esvaziado. Uma pena! |
Mudanças são como tartarugas sonolentas. A gente luta, se anima, acredita...
e, no fim, percebe que quase nada se mexeu. Foi com essa sensação que voltei,
depois de quase um ano, à Fonte Luminosa, em Araraquara, para ver São Paulo x
Ferroviária, pelas quartas de final do Brasileirão Feminino 2025. Competição
retomada após mais de 50 dias parada pela Copa América. Expectativa alta.
Realidade? Arquibancada vazia.
Passou um ano e nem uma “pessoinha” a mais no estádio. E aí vêm as justificativas de sempre: “falta divulgação” (verdade), “não tem patrocínio” (verdade também), “futebol é coisa de homem” (balela fossilizada). Pior: tem jornalista e influencer reforçando esse discurso mofado.
E olha que dentro de campo o espetáculo existe: técnica apurada, velocidade,
passes precisos, posicionamento perfeito. Mas sem público, não há mídia; sem
mídia, não há patrocínio; sem patrocínio, o futebol feminino segue patinando.
Onde estão as mulheres? No estádio, certamente não.
O público masculino até parece mais aberto e respeitoso com o futebol
feminino, apesar da resistência ainda ser muito forte. Por isso, e outros muitos obstáculos, a luta por igualdade não pode parar. Outro entrave ao crescimento da modalidade é a constante presença diminuta do público nos estádios, a não ser em ocasiões especiais. Ainda assim, quero crer que até 2026 teremos mais visibilidade, mais
profissialização e melhor estrutura para as atletas. Será mesmo?
Agora, a Caravana do Futebol Feminino, patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Petrobrás, chega com o próposito de aumentar a popularidade do esporte no país. Até dezembro de 2025 esse projeto itinerante percorrerá 24 municípios em 12 estados brasileiros. É um passo, mas precisamos correr.
Agora, a Caravana do Futebol Feminino, patrocinada pelo Ministério da Cultura e pela Petrobrás, chega com o próposito de aumentar a popularidade do esporte no país. Até dezembro de 2025 esse projeto itinerante percorrerá 24 municípios em 12 estados brasileiros. É um passo, mas precisamos correr.
Reflitam, meus amigos: quando uma menina pisa no gramado, não é só a bola que se move. Movem-se sonhos. Movem-se comunidades. Movem-se futuros inteiros. Vamos fortalecer o Futebol Feminino. O que vocês acham?
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Paulinha e o Pedrinho |
No próximo sábado (16), às 16h, São Paulo e Ferroviária se enfrentam no MorumBIS pelo jogo de volta. Quem vencer avança.
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A família dando apoio ao Futebol Feminino |
Tomara que, pelo menos dessa
vez, a arquibancada acorde.
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Claro que estou nessas batalha |
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A Caravana com atividades digitais e presenciais |
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A pouca (ainda) presença da torcida |
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