O bazar da moda e o desafio de ser você mesma

Ela tenta, e tenta montar sua própria imagem — sua identidade social — no meio desse caleidoscópio de contrastes e bizarrices que é a moda de hoje. Vamos combinar? O mundo fashion virou um bazar eclético, onde a cada esquina você encontra do salto transparente ao tênis de sola de trator. Normal que muita gente se perca.

E aí vem a tentação: “quer saber? Vou colocar uma roupa básica, sem graça, e me camuflar no anonimato”. Só que isso é cilada, amigas. Esse caminho é fácil, sim, mas sem alma. Não exige reflexão sobre quem você é, nem sobre qual imagem gostaria de transmitir. Só que nada — nada mesmo — se compara ao prazer de se sentir feliz com a própria escolha. Quando isso acontece, o corpo inteiro agradece: o olho brilha, o sorriso aparece, e a postura muda. Você passa a andar como quem sabe que é única. E, spoiler: é.

O essencial é ter estilo. Não confunda com seguir modinha. Estilo próprio é construção, e dá trabalho. É misturar gostos, valores, humor do dia — e não ter medo. Medo é inimigo da originalidade. E, por favor, não viva refém da opinião alheia. Vista-se para você, não para os outros. Mas não esqueça: um toquezinho de moda sempre dá aquele frescor, um ar de “tô ligada no tempo em que vivo”.

Confesso: eu mesma não fui uma adolescente criativa. Achava que só trocando o guarda-roupa inteiro por temporada poderia competir com as colegas sofisticadas da FAAP. Que bobagem. E que prejuízo seria! Foi o tempo — e mais de 20 anos de profissão — que me ensinaram a escolher poucas peças-chave por estação, aquelas que têm a ver comigo, e a compor um estilo pessoal, reconhecível. Hoje, com a maturidade, prezo o conforto. Mas nunca abro mão daquele detalhe original que diz “sou eu”.

Então, se você tem vontade de descobrir o próprio estilo, entre nesse bazar eclético da moda e se deixe guiar pelo que desperta desejo. Gostou da blusa de linho com listras em direções malucas e gola alta? Leve sem medo! Vai combinar bem com suas peças mais tradicionais. Achou exagerado aquele colar gigante, inspirado no fundo do mar? Nada disso. É ele que pode dar glamour e personalidade ao básico.

Como disse Costanza Pascolato: estilo é caráter. É a atitude que transforma a mesmice em obra original.


Lia Estevão - jornalista

Cria e produz fotolivros personalizados on line

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