quarta-feira, 7 de março de 2012

Dia da mulher???... Amigas, eu quero um homem só prá mim...



Estou dispensando a minha rosa, hoje, pelos serviços prestados. E você?
 
 
Hoje, 08 de março, é o Dia Internacional da Mulher.

Durante muito tempo fui, obstinadamente, contra a existência deste dia. Era uma época em que eu mal sabia analisar o contexto de importantes fatos históricos e, também, mal tinha acesso às informações sobre o que acontecia às mulheres (em todo o mundo) que resolviam...vamos dizer assim...se libertar do jugo masculino e assumir a própria vida. Como a maioria, cresci para ser mulher de um homem só, dona de casa exemplar, mãe. E nada mais. Não sei dizer quando nem como mas, num dado momento, lá estava eu me libertando de algumas amarras (o que também ocorria com muitas outras jovens da minha geração) e partindo para o que chamo de conhecimento, ou partindo para um outro universo, que acreditava ser repleto de possibilidades para homens e mulheres conduzirem a própria vida. Direitos e deveres iguais!  

Quantas descobertas! Os direitos femininos estavam anos luz da igualdade com os masculinos. E os deveres das mulheres? De cuidar da família, sim, todos. De cuidar da própria vida, não,  nenhum. Vieram então anos de lutas, de superações. Anos em que surgiram mulheres incríveis mostrando do que são capazes de produzir no mercado de trabalho, e sem abandonar deveres de séculos atrás. Não ainda. Conheci várias delas, todas corajosas, determinadas, ousadas. Agora, basta olhar para 20 ou 30 anos atrás, e ver quantos espaços foram abertos.

Mas ainda é muito pouco, amigas. E, atualmente, algo tristemente "engraçado" vem acontecendo: basta a mulher abrir um pouco a guarda para...novamente...o domínio masculino se fortalecer. E com a aceitação da maioria. Não sei não...ainda vamos acabar voltando totalmente para o lar.

Por essa, e outras, é que no momento até concordo em comemorar o Dia Internacional da Mulher. Mas do jeito de antigamente, lá pelos idos de 1900, quando no dia 8 de março eles gentilmente nos ofereciam uma rosa, em agradecimento aos trabalhos prestados. A eles, claro!

Infelizmente, as mulheres ainda precisam lutar muito para conseguirem igualdade de direitos e serem mais respeitadas. Por isso livrai-nos, senhor, das muitas que parecem gostar da submissão. Se isso não acontecer, queridas, só nos resta ler, com muitíssima atenção, matérias como a publicada na revista NOVA, da editora Abril, acho que no ano de 2001, do tipo "Dez coisas para você fazer para não perder seu homem". E aprender!

Comentário de Ana Paula Padrão em seu blog:
"Quem diz que a mulher não tem mais pelo que lutar nunca foi à África. Não conhece a Ásia. Nunca passou na porta de uma delegacia da mulher no Brasil. Não sabe quem é Maria da Penha. Provavelmente está confortavelmente acomodada a uma carreira bem sucedida. Tem um salário satisfatório. E o respeito dos colegas de trabalho. Ou seja, uma raridade".

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