Vou ser franca com vocês: a vida é muito complicada, sim!



Aqui, no Guarujá, com minhas sobrinhas e irmã. Gosto desses
vestidos tipo regata. Principalmente em dias muito quentes. 



Ser politicamente correto pode ser até muito interessante, já que agrada (quase) todo mundo, e raramente gera críticas ao nosso jeito de ser. Já a verdade, nua e crua, quase sempre acarreta algumas dores de cabeça, porque é inflexível e carece de bom humor. Mesmo assim vou ser bem franca com todos vocês: a vida é muito complicada, sim! Mas se, por acaso, a sua é toda tranquilinha, e nunca sai dos trilhos, parabéns! Você ganhou na loteria do universo.

Tempo de Reflexão

Vejam vocês: sempre escrevo que para se ter um estilo é preciso, antes de mais nada, saber quem se é. E é nesse ponto que a coisa toda se complica. Eu, definitivamente, não sei quem sou. E não é por falta de informações, nem de tentativas para me autoconhecer. Talvez o que eu tenha mesmo são várias personalidades. Ou nenhuma, sei lá... Quem, como eu, sempre batalhou pela igualdade de direitos entre homens e mulheres pode, às vezes, deixar o “feminismo” de lado e desejar um homem que pague todas as contas...enquanto lava, passa, cozinha, educa as crianças...? Afinal, que personalidade é essa?



Jeans com tricô. Gosto muito. Isso foi em 2000 e alguma coisa.
Se fosse hoje, colocaria com um maxipull.

Sob outro ângulo, se para ter estilo é preciso ser fiel a ele (o estilo), que raios de estilo também é o meu? Analisem: se vejo um novo corte de cabelo numa revista, lá vou eu cortar o meu. Mas se, em seguida, me encanto com aqueles longos maravilhosos de comercial de xampu, quero logo fazer megahair.  Se aquela artista que acho lindíssima, mulherão de quase metro e oitenta, estiver usando saia longa com havaianas no supermercado, copio o visual mesmo não sendo tão linda assim, nem tão alta. Mas também faria qualquer sacrifício para sair por aí usando as incríveis roupas de Walter Rodrigues, Armani, por exemplo.      



Pessoal...levem em consideração que este é um visual de sítio,
final de domingo, e que os mosquitos estavam me "devorando".



Uma vez a Danuza Leão escreveu sobre estilo e se perguntou: “Será que nasci para me vestir na alta-costura ou prefiro um jeans com camiseta? Sapatos do designer francês Louboutin ou tênis Adidas? Afinal, qual é meu estilo?”. Logo em seguida, ela confessava não saber. Mas que se divertia muito não tendo estilo, porque acreditava que passar a vida com um só devia ser monótono de mais.  “Estou feliz assim”, complementava.

Pois bem, a vida é ou não é complicada? Claro que é! Confesso porém que, como Danuza, também sou feliz assim, sem saber direito quem sou, e mudando sempre. Principalmente de estilo. Vejam as FOTOS...hehehe!



Só fazendo charminho com esse avental de churrasqueira.
Ano de 2008 e...salve a camisa branca!



Hoje posso ser esportiva, mas já tive vários outros estilos. E ainda terei mais. Já fui hippie de carteirinha...já usei saia lápis e salto 12...já vesti terninho (com gravata e tudo) e usei tailleur com camisa de seda. Também já abusei da minissaia (mesmo com pernas grossas) e de blusas bem agarradinhas (apesar do quadril de parideira)...e não me envergonho das calças boca de sino que tinha e adorava. Sempre fui infiel aos cabelos, que passavam de loiros a castanhos num piscar de olhos. Digo mais: minha casa nunca é a mesma de uma semana para outra.

Então me digam, amigas: o que faz vocês mais felizes? Mudar, transformar, inovar, brincar com o look? Ou manter-se fiel a um só estilo de ser e viver?

Superbeijo